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Matar é crime - Luciano Bandeira

O título do artigo de hoje é óbvio mas, infelizmente, parece que entramos num estágio onde precisamos explicar o óbvio. Então, não havendo solução, que assim seja. Digo isso para falar sobre o assassinato de 13 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas nas comunidades do Fallet/Fogueteiro, na sexta-feira passada.   Assassinato é crime. Tirar a vida de outra pessoa não é um direito de policial nem aqui, nem em nenhum país que tenha a pretensão de ser civilizado. Não é isso o que se aprende nas academias de polícia, é isso o que a legislação permite, como também não é, e nunca foi esta a solução para a reduzir a criminalidade ou o tráfico de drogas. Nunca funcionou. Muito pelo contrário.   Este tipo de comportamento, além de criminoso, só produz mais vítimas da violência, sobretudo de inocentes. Todas as vezes em que este assunto volta à pauta, me recordo das declarações de um comandante da PM em Brusque, cidade de Santa Catarina com menor índice de homicídios do pais.   Na entrevista, ele dizia que polícia violenta não é uma boa polícia, e que o bandido precisa ter a chance de se render, pois quando eles não têm esta garantia atiram muito mais na lógica do "se vou morrer, pelo menos levo um PM comigo", o que costuma produzir mais mortes de policiais e inocentes, que é tudo o nós todos não desejamos. Uma polícia que opta pela inteligência e investigação não só está dentro da lei como funciona. Creio que seja isto que todos nós queremos, não é mesmo?   *Luciano Bandeira é presidente da OAB/RJ.
13/02/2019 (00:00)

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