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OAB/RJ recebe professor que foi alvo de buscas de acusado de matar Marielle

                 Eduardo Sarmento O professor de sociologia Pedro Mara, diretor do Ciep 210 Mario Alves de Souza Vieira, localizado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, se reuniu na manhã desta terça-feira, dia 19, com a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Seccional. Mara pediu apoio à sua busca por segurança, após ser informado de que seu nome constava entre os termos pesquisados na internet pelo policial militar reformado Ronnie Lessa, preso acusado de assassinar Marielle Franco. "É um caso grave e que preocupa. Vamos reforçar a necessidade de acompanhamento da situação junto às autoridades responsáveis e buscar as vias institucionais para fortalecer sua proteção", afirmou o secretário-geral da OAB/RJ e presidente da CDH, Álvaro Quintão. O encontro foi mediado pelo reitor da UFRJ, Roberto Leher. Mara ficou conhecido em 2017, após um atrito com o então deputado federal e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL). Na ocasião, Bolsonaro entrou com uma representação contra o educador por ele ter uma folha de maconha tatuada no antebraço. O caso foi arquivado. Após a prisão de Lessa, em 12 de março deste ano, a Delegacia de Homicídios da Capital revelou que o nome de Pedro Mara estava ao lado dos de outras autoridades, como o do deputado federal Marcelo Freixo e o do ex-secretário de segurança do Rio general Richard Nunes, entre objetos de buscas na internet por parte do policial reformado. "Não me sinto seguro, estou tomando as providências necessárias para me preservar", explicou o professor. Preocupado com a violência na área em que atua, Mara contou com a intermediação da Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Flávio Serafini, para pedir uma licença de 15 dias da escola que coordena. Durante o encontro desta terça-feira, Quintão concordou com a necessidade do afastamento temporário de Mara, reforçando que "as pessoas precisam ser preservadas enquanto as investigações avançam". Ao lado de Quintão, a vice-presidente e o secretário-geral da CDH, respectivamente Nadine Borges e Ítalo Pires Aguiar, informaram que serão endereçados ofícios solicitando as providências cabíveis para a Secretaria Estadual de Educação, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e os Ministérios públicos Estadual e Federal. A comissão também vai intermediar o contato de Mara com entidades de proteção aos direitos humanos, como a Anistia Internacional.
19/03/2019 (00:00)

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