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TJRJ realiza live sobre saúde mental e teletrabalho em tempos de pandemia

A necessidade de se adaptar ao trabalho remoto compulsório, as dificuldades tecnológicas, o isolamento social, o sentimento de medo. A pandemia do novo coronavírus trouxe uma ampla variedade de sentimentos, novas situações e desafios que geram ansiedade e estresse. Para discutir a questão, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) realizou, na tarde desta sexta-feira (18/09), uma live direcionada ao público interno sobre saúde mental e teletrabalho em tempos de Covid-19.   O tema foi debatido pela psicóloga do TJRJ, Amélia Cristina Domingues Alvarez e pelo psicanalista e psicólogo do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Bruno Leal Farah. A live teve apresentação da juíza auxiliar da Presidência do TJRJ, Eunice Bitencourt Haddad e do diretor da Diretoria-Geral de Gestão de Pessoas (DGPES), Gabriel Albuquerque Pinto.    Na ocasião, a psicóloga Amélia Cristina explanou pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre saúde mental de servidores e magistrados em tempos de pandemia. Considerando apenas os dados relativos à servidores e magistrados do Judiciário fluminense, 59% dos entrevistados disseram se sentir mais cansados atualmente e 63% passaram a ter alterações no sono. Quando questionados sobre sentimentos que surgiram com a pandemia, 59% apontaram o medo e 44% indicaram o desânimo.    - A pandemia expôs nossas limitações. Nós percebemos que somos seres limitados, que precisamos uns dos outros. Temos que nos adaptar a uma série de situações novas e isso pode gerar um grau de sofrimento. Como lidar com tudo isso? Não existe mágica! Temos que desenvolver tolerância à frustração, gerenciar esse estresse. É importante cuidar de nossas necessidades básicas, ou seja, se alimentar bem, fazer exercícios, manter contato com pessoas queridas. A situação é difícil - admitiu a psicóloga.   No que diz respeito ao trabalho, a profissional acrescentou a importância das “pausas” entre as atividades.    - Se você participa de diversas reuniões, por exemplo, faça intervalos entre elas. Beba água, brinque com os filhos, converse com alguém. Tente se afastar do computador, do whatsapp nesse momento. Também é interessante criar um espaço, um fórum de discussão do grupo de trabalho, para compartilhar as dificuldades, angústias.   Para o psicanalista Bruno Farah, o papel dos gestores, nesse momento, é fundamental.    - O medo da morte, o confinamento em família, o estresse relacionado ao trabalho remoto compulsório são algumas fontes de ansiedade que surgiram com a pandemia. Os líderes devem, nesse momento, dar segurança a sua equipe. É uma nova forma de liderar, com mais proximidade e com uma comunicação mais clara e forte. Ele deve conhecer a equipe, saber a situação de cada um. É uma função complexa, humanizar a cultura de trabalho, tornando-a mais aberta a lidar com o sofrimento psíquico - considerou.   Ao final da live, os psicólogos esclareceram as dúvidas dos servidores participantes.   MG/FS   
18/09/2020 (00:00)

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